Grito Número Cento e Noventa e Quatro:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 10:23 2 comentários
Grito Número Cento e Noventa e Três:
IRRESOLÚVEL
Existia todo conflito, civil e politizado.
Para que se evaporasse todo o problema
Era simples, sem dilema
Bastava apenas dar as mãos, igual ciranda
O som dos tiros pararia, começaria o som da banda
E viria o fim da dissensão, o silêncio das escopetas
Mas não existe "mão dada" na terra dos manetas
Postado por Dan Arsky Lombardi às 23:05 1 comentários
Grito Número Cento e Noventa e Dois:
Formigueiro de gente entupida nos trens
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:18 2 comentários
Grito Número Cento e Noventa e Um:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 20:29 1 comentários
Grito Número Cento e Noventa:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 23:42 1 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Nove:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 18:04 4 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Oito:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 21:29 0 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Sete:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 14:27 0 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Seis:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:20 4 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Cinco:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 19:38 0 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Quatro:
Toda vez que te encontro é a última vez.
E na próxima, e próxima, e próxima.
É um cigarro que não queima.
Diabos, estou puxando outro e outro do maço vermelho!
Toda vez que te encontro estou pronto para me despedir, mas nunca digo adeus.
Eu apenas puxo outro cigarro, que não queima e não diz nada, como eu.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 20:00 1 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Três:
PARTE DE MIM
Parte de mim
Parte de mim
E as outras partes de mim
Partem-se em mim
Partes em cacos, jogados fora, por partes
Partes partidas, partidas de outrora
Foram parte de mim
Que partindo de mim, resolvi mandar embora
E o que sobra, assim?
E o que sobra no fim?
Uma parte, que não parte e não parte nunca de mim.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 21:40 1 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Dois:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 19:56 2 comentários
Grito Número Cento e Oitenta e Um:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 14:52 4 comentários
Grito Número Cento e Oitenta:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 06:30 2 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Nove:
Estava bêbado e começaram seus devaneios potencializados pelo vermute. Seu olhar alçavam milhas e milhas além do balcão do bar.
Imaginou-se sentado em uma esquina, acorrentado a uma placa de trânsito. Fazia um protesto contra a devastação do planeta. Uma greve de fome.
E passavam por sua volta crianças em formas de coxinhas, padres das paróquias tinham formato de pastéis, mas ainda usavam batina. E quando lhe ofereciam de comer, ou mesmo um gole d'água, gritava: "PELO PLANETA, NÃO!"
Foi quando observava o céu escarlate do entardecer percebeu a presença dos piratas do espaço em discos voadores:
-Pilhem as árvores e os animais que restam! Não deixem sobreviventes!* (*traduzido da língua dos piratas jupterianos)
Como um aspirador de pó, tudo de vida foi sorvido pelas centenas de naves gigantescas, exceto pelos humanos.
-Descarregar bombas! - gritou o Capitão da nave-mãe.
Quando imaginou a explosão devastadora, caiu da banqueta e voltou a si.
Gritou ao balconista:
- Quero um pastel de palmito e dois croquetes daqueles recheados. E um torresmo. E um daqueles ovos cozidos azuis.
O amigo, mais zonzo pelos pedidos que pelos coquetéis perguntou:
-Tanto assim de uma vez só? Vai comer por todo mundo?
-Sim, pode ser que amanhã todos estejam mortos... ou, no mínimo, de barriga vazia. Além disso, eu só sei salvar o mundo de barriga cheia. - respondeu enquanto descascava a casca azul do ovo.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 17:27 1 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Oito:
"Sobre a vida"- Dan Arsky - Acrílica sobre tela - 24x16cm - São Paulo, SP |
Postado por Dan Arsky Lombardi às 14:25 3 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Sete:
Posso arranjar mais energia
Nesse intrépido dia
Com uma xícara extra de café!
Apertado, sufocado,
Amontoado junto à ralé
Pulo do bonde gritando:
"São só vinte quilômetros,
Eu consigo ir a pé!"
Postado por Dan Arsky Lombardi às 23:37 3 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Seis:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 13:47 3 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Cinco:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 16:52 4 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Quatro:
Eu poderia dizer que meu coração é algo simples ou incrível.
Existem milhões de metáforas legais que eu poderia usar.
Mas meu coração é só víscera, um punhado de carne.
Eu te amo e ponto final, sem metáfora, simples assim, como o amor deve ser.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 18:50 3 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Três:
Fingi ter o coração pequeno
Para a que a dor fosse minúscula
Como se fosse só uma gota, uma gota só de veneno
Mas a dor é astuta, sempre é proporcional
Naquele dia sofri dela, tão bruta, com meu coração pequeno
A dor mais colossal.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 14:22 2 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Dois:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:07 2 comentários
Grito Número Cento e Setenta e Um:
O MISANTROPO (clique na tirinha para ver em tamanho grande)
misantropo |ô|
(grego misánthropos, -os, -on)
Postado por Dan Arsky Lombardi às 21:20 0 comentários
Grito Número Cento e Setenta:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 11:55 3 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Nove:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 13:00 2 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Oito:
DE PEDRA
Postado por Dan Arsky Lombardi às 14:49 1 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Sete:
...Ah, eu e minha mania boba de romantizar os personagens da vida real!
Postado por Dan Arsky Lombardi às 23:22 5 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Seis:
Uma linha escrita é um pedaço da gente posto para fora.
Às vezes é um teco que se vai e dói tanto...
Às vezes é um alívio ver o pedaço partindo, escorrendo pelo ralo abaixo.
Algumas vezes é suspiro, algumas vezes é grito.
E por mais estranho que pareça, há uns vários estranhos levando pedaços meus em seus bolsos.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 21:05 2 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Cinco:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 23:05 2 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Quatro:
Mas é, como se uma recompensa fosse, recebê-la.
Um pétala sozinha, não vai nunca fazer arder a primavera, mas abre um sorriso de canto de boca da dona da pele que a toca. E se houver maré de flores em breve, que venham os sorrisos.
Mas aquela pétala é inesquecível...
Postado por Dan Arsky Lombardi às 20:08 1 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Três:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 23:30 0 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Dois:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:42 1 comentários
Grito Número Cento e Sessenta e Um:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:54 1 comentários
Grito Número Cento e Sessenta:
Gosto de vento nos lábios frios
Luz que ofusca a visão e voz que condena
Minha alma que te ama é a mesma que me envenena
Mundo de perfídia e escárnio paralelo
Com o pouco que construo, de labuta me flagelo
Com o suor enxugado pelos calos, acorrentado por liberdade
Tiro de mim o que mais incomoda de verdade
Sem mais olhos em olhares
Nenhum navio no porto
O dia em que deixei de amar
Foi o dia em que me encontrei morto.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 20:47 2 comentários
Grito Número Cento e Sessenta:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 16:06 3 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Nove:
Qual as sombras que protegiam, escuras iguais, havia a sobra da noite fria, do monte calvo e das hostes celestiais.
Embora não fosse o morro que chorasse as noites e as sombras como se vivo, eram as minhas almas, de meu peito.
Eu era o monte Calvo, eu era meu próprio inimigo.
Escute enquanto lê:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:23 0 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Oito:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 13:25 2 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Sete:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 19:33 2 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Seis:
Desde sempre me identifiquei com diversos elementos da contracultura: nas artes plásticas, na música e nas atitudes e no modo vanguardista de pensar. E de certo modo parte dessa gama ajudou na construção do meu caráter atual.
Uma das secções que mais aprecio e me idenfifico é o punk, não há como negar que isso faça parte de quem eu sou. Gosto de quase tudo que foi parido pelo punk: de hardcore, pós-punk, metalcore e de outros gêneros alternativos que tenham um salpico de tendência da moicanada do final da década de 70.
Sempre admirei a postura político e o modo escrachado e tosco de se expressar. O ato de cuspir (n)aquilo que é intragável na sociedade. E criticar os costumes, ridendo castigat mores, simplesmente fazendo diferente, com um alfinete na orelha e um cabelo espetado já se tinha o bastante para criticar o mundo e tentar mudá-lo.
"Mudar o mundo" sempre será bonito, mesmo no dia que o mundo dispense mudanças.
Mais de trinta anos passados do fatídico ano de 1977, depois do Ramones, do Clash, do Ratos de Porão, do Inocentes e de todas as outras "desgraceiras" terem gritado as palavras da desordem e da mudança. Hoje essas palavras musicadas em poucos acordes tornaram-se hinos para alguns, mas não surtem mais o mesmo efeito chocante de antes.
Hoje o baixo calão e o desdém imperam no cotidiano. Do esbarrão no trem ao táxi roubado de alguém que estava na frente, nas furadas de fila e no funk dos celulares.
Hoje em dia, valer-se da educação, da construção e defesa dos direitos dos sem voz é o novo "destruir e contestar", é a nova face da contracultura, visto que contracultura é o inverso do popular.
Dizer "muito obrigado" é um dos maiores protestos do século XXI, enquanto "por favor" é o novo molotov.
ATACAR!
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:57 3 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Cinco:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 20:37 2 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Quatro:
Outra folha de papel rasgada
Mais uma marcação no calendário
O tempo borra a visão do escafandro
E você não tem nada na mão!
Mais uma feição envergonhada
Mais uma vez o brado de falsário
Um homem está se tornando
Mas trata-se de um homem sem pão!
Isso tudo irá passar
As lágrimas vão secar
É só mais uma pequena decepção!
E quando o nada se evidenciar
Ou a medalha imaginária se apagar?
Será só mais um vexame na minha coleção?
Postado por Dan Arsky Lombardi às 00:07 0 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Três:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 21:16 3 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Dois:
Estava por baixo, tudo azul de tristeza e problemas.
Era um homem bom, não poderia sofrer sem motivos, a culpa era de alguém, era a hora de lutar.
Pegou o papel, já amarelado pelo tempo e passou a vista pela lista dos culpados de suas escaras.
O único nome em sua lista negra era o seu próprio nome.
E deu início ao combate mais árduo de todos os tempos.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 10:41 4 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta e Um:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 10:40 3 comentários
Grito Número Cento e Cinquenta:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 20:40 0 comentários