Grito Número Trinta e Um:

quinta-feira, 29 de abril de 2010



Seja parte da diferença.
Seja MAIS que você.

Grito Número Trinta:

domingo, 18 de abril de 2010

Quem matou minhas palavras?

Eu gritei mil e mil vezes. Não funcionou.
Protestos? Centenas durante toda história da humanidade. Só adiou a queda da lâmina das guilhotinas, que caíram injustamente de qualquer maneira. Quem sobe ontem e hoje no púlpito para projetar palavras de bem, mal sabe que há um cadafalso logo abaixo pronto para a execução.

As pedras sempre estão nas mãos dos que houvem e não entendem.
O poder está nas mãos do que entende, mas não concorda.
E os que concordam estão mortos e ninguém nem sente muito.

Houve um tempo (talvez hodierno?) em que se guerreava por mentiras ridículas, por território, por dominação ou por discórdia qualquer que surgia.
E ridiculamente hoje, há quem diga que existe guerra pela paz.
Chove granada, canivete e cabeça de criança muçulmana. Chovem idiotas aos montes para morrer e matar por seu país, que nunca fez nada por eles.
Das minhas palavras saem um sentimento de desejo pela paz e uma esperança triste de que um dia ela surja.

Um garoto de dezoito anos, gargalhando e sorrindo, matou um cão a
pauladas no litoral do Rio Grande do Sul (www.youtube.com/watch?v=l9NfSuCWdgY)
Eu passei por baixo do
Viaduto do Chá mil vezes e cada uma delas vi mil meninos se entorpecendo com solventes e nunca fiz nada. Você aceitou o troco a mais do vendedor e sorriu.
O Brasil é uma nação em paz, dizem as entidades internacionais.

Paz aqui? Nesse inferno?

Bem, a paz não existe; o sentimento que a pomba branca trás quando as asas batem é só o alívio da troca efêmera que resolveu-se
fazer dos morteiros por pingos de garoa.

O arco-íris é uma ilusão de ótica. Sempre vem mais tormenta, cedo ou tarde.

As palavras de paz sempre são mortas por uma guerra que começa dentro de você.
Depois disso algum qualquer sempre as mata mais uma vez, em nome de algo que irá
ruir e crescer, oscilar e permanecer até o fim dos tempos...

SE NÃO MUDARMOS NÓS MESMOS!