SOBRE O MAR MORTO E BURACOS NA PISTA
Estava eu a ler um texto sobre o Mar Morto, aquele do Oriente Médio extremamente salgado, e me deparei com um comentário do autor que dizia que lá é o ponto mais baixo da Terra, estima-se algo entre 400 metros abaixo do nível do mar,
ou seja, é uma depressão absoluta.
Passou um minuto e pensei, que os homens que classificaram o mar morto definitivamente não conhecem o coração de um homem triste, afundado milhas abaixo do nível, não só do mar, mas como de qualquer outro lugar (ou não-lugar); isso sim é a depressão mais absoluta.
Mas do mesmo jeito, se cobrirmos tudo com muita terra, tudo se resolve, o nível vai subir, mas acabaremos por vez abrindo um outro buraco em algum outro lugar.
E foi assim que voltei a amar, como o homem que tenta matar o mar morto o cobrindo com terra. Abrindo novas feridas e enterrando meu coração de homem triste com sete palmos de areia por cima.
Mas é provavel, assim como que o Mar Morto não vive, que irei a qualquer tempo despencar nas novas crateras que me encarreguei de escavar.
4 comentários:
Muito legal este post do Mar Morto. Já havia lido, também, algumas coisas a respeito, mas nunca vi ninguém formar algo tão profundo sobre ele. Ficou muito legal, mesmo.
Em resposta ao comentário (hehe):
Quando me referi a maior palavra da língua portuguesa, ainda não havia chego ao assunto principal: a maior do mundo.
A maior palavra do português realmente entrou para o livro dos recordes. A maior do mundo é e não é a maior do mundo, pois muitos não consideram nomes científicos como "palavras" e a que postei no meu blog é científica. Realmente é impressionante o tamanho da palavra: 189.819 letras. Fiz pesquisas em muitos sites confiáveis antes de fazer o post, tais como Wikipedia e outros 5 e todos confirmaram que a "Titina" é realmente a maior do mundo.
Espero que tenha compreendido o post agora.
quem matou o mar morto? (brincadeira)
gostei da comparação do coração de um homem triste com o mar morto, faz muito sentido...
Você sabia que o mar morto é terapeutico?
Considero isso uma ironia da natureza.
E sempre estaremos sujeitos a voltar à condição de mar Morto...muito boa comparação!
Bruna Barievillo
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