Sobre tampas e ralos...
Abrir a tampa do ralo, deixar tudo escorrer, mandar toda água suja embora.
Lavar a alma.
Mas não adianta, o ralo ainda vai ser um pequeno filtro, o leviano fluido vai embora sem
hesitar, mas as cinzas, a borra do café, as baganas e os sólidos grandes vão insistir em
olhar nos teus olhos.
Vão se unir para formar um caldo infernal, uma massa de lixo que ninguém quer colocar as mãos.
Porque fede.
Porque é asqueroso.
Porque dói demais.
Grito Número Quarenta e Três:
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Postado por Dan Arsky Lombardi às 16:18
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3 comentários:
Lajeado se parece com um ralo.
Que coisa!
quem diria... o leviano líquido, enegrecido, não será meu sangue já morto, já podre?
e não adianta jogar flores em seu leito, elas murcham... só sobra a lembrança da beleza... e a metáfora das veias...
porque, visceralmente, dói demais.
amei o texto!
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