O VENDEDOR DE HOMENS MORTOS
Homens mortos em vitrines
São heróis em liquidação
Se torpes ou humanos
Mandamos pra exportação
Pois o terceiro mundo acha bonito qualquer coisa...
Homens mortos pendurados
Qual carcaças de açougue
Se fomentar a descrença
Basta estampar a Vogue
Que os ricos irão também se ajoelhar...
O semblante de homens mortos
Estão envoltos em neon
Compre à vista, em mil parcelas
Mas compre esta imagem!
Não a negue
É barata
E você não tem direito a mais nada nesta vida,
A não ser me dar dinheiro!
Para eu limpar meu rabo sagrado com notas de cem...
Enquanto ouve minhas histórias idiotas,
Você come pão com ovo e me engraxa as botas
E com a boca cheia de feridas, me diz amém.
1 comentários:
Orra, curti muito o poema. Parabéns, muito bom.
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