UM FÓSFORO DE EMMA GOLDMAN
Fiz de anéis os pinos de granadas.
Casamento de pólvora.
Dancemos na noite sem esperar por alvorada.
Ouço de fundo os canhões de glória.
A guerra terminou e varreu os homens valentes e covardes.
Varreu a lua e as estrelas da tarde.
Ah, como te amo, estopim!
Justamente por ser estopim.
Ser o meio entre a ânsia da beleza e os fogos de artifício formando cores leves no céu de aço.
Deixei meus cigarros de lado.
E usei meu último fósforo em ti.
As fagulhas são preâmbulo, o lançamento é o crescendo.
E os fogos coloridos somos nós, trasmutando do largo para o vivace, dançando meio ao caos.
Porque esta não é nossa revolução se não pudermos dançar, não é mesmo?
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