UM GRITO MUDO
A vivência rotineira e plástica se espalhavam como cicuta em seu sangue.
Então veio o grito, abafado pelos reis e deuses dos outros.
No fim, serviu de antídoto para o mal-estar de seu peito.
E também para oitocentos outros peitos.
Engoli um prisma. Foi difícil, mas engoli inteiro. As pontas machucaram minha garganta, cuspi sangue, perdi dentes. Mas uma hora o prisma finalmente desceu. E daquele momento em diante minhas palavras mornas e brancas tornaram-se gritos ígneos e multicoloridos.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:23
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1 comentários:
O grito nos ajuda a seguir em frente, de olhos abertos, consciente. Ainda que doa.
O desenho me fez lembrar do clipe da música A Little Piece Of Heaven da banda Avenged Sevenfold, que por sinal, eu adoro.
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