O DIA EM QUE ADORMECI ENTRE AS FLORES DO MAL
(VIVER A DOR)
Lembro-me bem, foi no meio do espinho
Que na dor adormeci, e criei resistência
E sem mesmo um vintém fiz meu ninho
Onde floresci de ódio e gerei continência
E minha querência tornou-se o espinhal
E dos pequenos furos diários
Deixou-se, talvez por demência, de ser fatal
E deixei para trás os devaneios perdulários
Óh! Ponta de espinho molhada de sangue envelhecido
Me entrego agora por vencido
E enxergo nas tuas pontas um vil aconchego
E talvez do dia em que eu me aqueça em cetim
Não sobre conforto para mim
Qual o instante em que o sol quente encontra o morcego
Fotografia: Espinhos Tocantinenses - por Dan Arsky
2 comentários:
Muito legal! Sempre leio seus posts. Hoje comecei a seguir seu blog. Não sei como não segui antes!! Agora vou poder acompanhar de perto sempre que tiver um novo post aqui!
É uma pena quue sua meta é postar apenas 800 vezes! Mas depois que o Oitossentos Gritos Mudos estiver esgotado, faça outro blog, please. Entitule este como "Duas Mil visões cegas"! hahahaha... Breincadeira, mas gostaria realmente que o blog superasse os 800 gritos.
Sucesso a ti e seu blog!
Ass.: Mateus by BLOG DO MATEUS.
Bravo. Não ficou devendo nada a Baudelaire.
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