OS MEUS BIGODES É QUE NÃO DIZEM MUITO
Quando penso em gatos, depois de bigodes e miados, me vem à tona a independência que tento incorporar e manter forte. Os gatos são seus próprios donos e possuem o destino de seus dias firmes em suas patas.
O gato é independente para se esquivar dos cacos de garrafas dos muros num balanço felino jocoso com o perigo. E se por ventura falhar a esquiva, cairá de pé sem pensar em dissabores.
E segue o gato noite adentro, seja seguindo a presa ou buscando nada somente para manter-se seu próprio dono e não ter horário para cumprir.
E sigo eu aqui, escrevendo e tentando sentir o fim das dependências numa esquiva desajeitada, sem saber se vou cair em pé ou falhar quebrando as pernas.
Como dizem por aí: "malandro é o gato que nasce de bigode", uma pena meus bigodes não dizerem muita coisa.
Foto: Marie "Cóqui" Antoinette, por Dän Ärsky.
2 comentários:
Deveriamos todos ser como os gatos... independentes. O mundo seria um lugar melhor, na minha opinião.
Seus bigodes possuem uma linguagem própria, por isso é difícil compreendê-los, mas sei que há quem escute deles coisas que nenhuma boca humana saberia dizer.
Lindo texto, linda foto!
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