Grito Número Quinze:

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Debutando meus gritos ainda tão mudos, o décimo quinto grito.
Existirá rouquidão no octingentésimo momento?

As cartas de Mary

Os selos usados, carimbados
Doces enlatados
Homens loucos solitários
Admiram marcas de nascença

Coleções de bonecos engraçados
Tão tristes por serem animados
Sem movimentos nos armários
Enfeitam a nossa sentença

Estar aqui não significa nada
Se para nada estamos aqui
Estejamos onde estiver

Viver através das teclas apertadas
Para podermos o mínimo sentir
E morrer feliz numa manhã qualquer




(poema criado nesse instante baseado no filme Mary & Max (2009) de Harvie Krumpet)

2 comentários:

Leonardo Otero disse...

Por ser um boneco e não poder falar, a única opção é viver diante das teclas mesmo. O verdadeiro grito mudo.

Rafa disse...

Meu brother poeta...