Ao provar do fruto da razão, Turgel se fez incrédulo de sua própria realidade.
Grito Número Vinte e Seis:
Postado por Dan Arsky Lombardi às 18:56 3 comentários
Grito Número Vinte e Cinco:
Este grito é dedicado a todas as mulheres que se abdicaram de sua sensualidade natural, seja por seus maridos gordos e bebâdos, seja por seram mães solteiras em tempo integral, seja pelo que for...
Derrapadas Perigosas (ou "Perdendo a Cabeça no Meio do Caminho")
As linhas da estrada não formam desenhos, são sempre retas, brancas ou amarelas e estão fadadas a serem uniformes, contínuas e passageiras. As linhas da estrada são todas iguais, não se discriminam, não sentem repulsa uma pela outra, mantêm sempre a mesma distância, porém aos momentos perigosos são capazes de se unir fortemente por quilômetros de existência.
Passa uma, duas, três, vinte, trinta, mil e mal se nota a diferença, elas não irão fugir do caminho programado, não irão te surpreender e se segui-las sem audácia, brandamente, disciplinado elas vão lhe retornar todas suas espectativas, elas pedem somente um pouco de paciência.
Essas linhas são iguais na França e no Brasil, no Japão e na Somália, na Nova Zelândia e na Bósnia-Herzegovina. As linhas da estrada não brigam entre si, são passivas e sempre unem ao invés de segregar.
Há quem diga que as linhas da estrada são traiçoeiras e te mataram a qualquer momento, mas não, ela só quer seu respeito, que a trate bem, que faça o que tenha que se fazer corretamente.
Pois agora eu comparo estas linhas de estrada com as linhas do corpo de uma mulher, estas, meu amigo, não passam despercebidas, enfeitiçam e causam guerra entre os enfeitiçados. As linhas do corpo de uma mulher podem levá-lo a lugares muito mais interessantes que qualquer estrada.
É possivel sustentar que as linhas da estrada enfeiticem por sua continuidade entediante, pois todos amam a rotina branda que a tranquilidade da repetição trás.
Enquanto as linhas da estradas atenuam seus nervos e podem lhe fazer desistir de dirigir, as linhas poderosas de uma mulher o fazem delirar e querer passar por tempos derrapando no sedutor poder que existe desde os olhos até os pés de um ser tão místico quanto uma estrada desconhecida.
MULHERES NÓS AMAMOS TODAS VOCÊS!
Postado por Dan Arsky Lombardi às 16:35 3 comentários
Grito Número Vinte e Quatro:
No niilismo a fé é considerada simplesmente reação neurológica condicionada como todos os outros sentimentos. E não digo que é isso que eu acredito, não!
Um belo dia, os terços passaram a ser bolotas plásticas, o proselitismo passou é ser intolerável e a convicção nestes fatos a ser repugnante. Aquela imagem cinzenta do homem de braços abertos estampada sobre os morros passou a ser nada mais do que pedra-sabão alinhada.
A divindade passou a ser dúvida, os versículos tinta e os fatos história-para-boi-dormir. A maçã foi oferecida e eu mandei todos enfiarem ela no cu. Violência verbal choca bastante, às vezes só ela pode resolver algumas discussões teo-filosóficas. O maior índice de intolerância religiosa está entre os fanáticos religiosos e não entre as pessoas deístas, agnósticas, atéias e não frequentadoras de reuniões religiosas.
Manter o respeito e a tolerância sempre foi minha filosofia, mesmo sentindo vontade de estampar em muros sua dualidade hipócrita. De pedir o bem e fazer o mal. Porque as minhas verdades não podem ter o mesmo valor? Eu dou valor para a dos outros!
A fé moveu montanhas para alguns, mas para mim o barro continuou sobre meus pés.
Postado por Dan Arsky Lombardi às 22:54 0 comentários
Grito Número Vinte e Três:
Que vontade de ter uma vida pré-moldada. Bem nos moldes da minha imaginação.
Bem sucedido, coleção de ternos de segunda a sexta, fins de semana regados a suor e rock n' roll. Diversas tatuagens, no estilo do mais aventureiro dos sete mares, contando todas histórias da minha vida.
Um apartamento simples, bem decorado, uma hora e meia no trânsito ouvindo um CD com as melhores da minha vida.
Um fliperama e um bar num quartinho minúsculo, uma máquina de café, um curso de barista.
Um cachorro e dois gatos bem gordos.
Um cheiro de cachimbo ou charuto empregnando meu domingo de manhã, bem na minha poltrona, com minha caneca velha cheia de café com os mesmos três pingos de adoçante. O jornal só com boas novas, sem morte, sem besteiras, sem crise.
Um mundo bom e verdadeiro, sem controle, sem sacanagem, sem malandragem do mal...só do bem, aquela de menino novo jogar balões de água na irmã mais nova ou no carro da vizinha.
Tenho até medo que um dia isso tudo se realize, com que irei sonhar nesse dia?
Postado por Dan Arsky Lombardi às 21:08 0 comentários