Grito Número Cento e Dezenove:

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CORAÇÃO VELHO


Meu coração de gesso
Que faz deste tórax um relicário
Peça na gaiola de ossos espessos
Quer trocar qualquer migalha por um pouco de trabalho

Meu coração de gesso
Quer voltar a ter batidas
Quer superar quando o enegreço
Com prostitutas e bebidas

E quando resolvi dar calor ao velho gesso desbotado
Notei que o vivo avermelhado não é mais que o mais suave tom salmão
E quase adormecido, sem notar o ocorrido, o tombei de minha mão

Meu coração dilacerado!
Tentei juntar a poeira e os cacos, porém foi tudo em vão
Meu coração agora é história, nas mãos e na memória de quem já havia o negado de antemão...

1 comentários:

Bruh disse...

Baaaaaah, esse poema é exatamente como eu me sentia [sinto] em relação à inércias dos meus sentimentos. Muito bom! Eh o teu primeiro poema que eu posso dizer: eu poderia tê-lo escrito.