Grito Número Onze:

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Em determinado momento dessa madrugada me deparei pela milionésima vez um trecho de uma das músicas da minha vida pululando em minha mente, enquanto eu fazia um manuscrito para um trabalho da faculdade.

"Rastejando em pânico na multidão, tenta recolher as pressas seus remédios no chão. Enquanto a lama os dissolve qual deles vai salvar? O que alivia a dor ou o que te faz sonhar? Como ter a certeza de uma escolha justa?"

Nestes versos proferidos por Fábio Altro na canção "Macaco com Navalha" vem a dualidade de se encontrar na situação em que nos encontramos, estou falando de qualquer aspecto, pode escolher: político, social, cultural, espiritual, sexual; não importa! O fato é que todos nós de fato, estamos rastejando em pânico na multidão e tentando recolher nossos remédios ao chão.

Usar essa metáfora é um dos caminhos que eu escolhi nas minhas dualidades. Cabe agora, escolher qual dos remédios em potencial destruição irei salvar dos caminhos barrentos: 'o que alivia a dor ou o que me faz sonhar?'
Aí que aparece a grande beleza dessa filosofia que eu tatuei na minha vida. Não há a certeza da escolha justa, porque os maiores sonhos, vem da dor. Foi assim que Gandhi sonhou com a independência de sua Nação; que Bola-de-Neve tomou a fazenda dos humanos e que Hilde descobriu que o mundo de Sofia foi escrito e desenhado para ela.
Os remédios estão se dissipando no barro... qual você irá salvar?

2 comentários:

Leonardo Otero disse...

Analgésico prejudica o estômago; Alucinógeno te deixa alto e te distrai da dor. Preciso dizer qual que eu escolho? I dont think so!!
Ótima reflexão!!

Júlio Serique disse...

pOutz... acho que os sonhos alimentam a alma, nessa busca desenfreada por uma "salvação" os sonhos podem ajudar, claro que não se pode só sonhar e esquecer-se de viver, mas o fato é que, com tantas desilusões, sonhar não faria mal!
adorei a reflexão!