Grito Número Doze:

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Duzentas Máscaras

Na alcova da alma
Minhas máscaras escondidas
Que do rosto à palma
São trocadas e escolhidas

Com a de doce elixir, te faço sorrir
Com a de perfume de flor, te faço amor
Com a de aço, não passo embaraço
Com a de pregos e maldade, sou eu de verdade?

Com a de cacos de vidro,
o que pode ter restado
Das dezenas de outras?
Em ordem estão colocadas
Do algodão ao diamante
Pois podem ser usadas
Em qualquer instante

Com a máscara de sal, agora lhe seco, lhe faço mal
Te jogo ao inferno onde dorme tua quimera
Te tiro e te quebro, longe de teu pedestal
Máscara aderida de forma eterna
Devo lhe dar máscara alguma, lhe cobrir o rosto de porco.
Eu sem máscara nenhuma, lhe mato ou estou morto.
Por que, diabos, eu cobriria agora meu rosto?
Afinal, se rei morto...

1 comentários:

Leonardo Otero disse...

Cada um tem a sua, ou suas...